O Karma é a lei fundamental que ajusta, de forma sábia e inteligente, o efeito à sua causa. Não é uma força de punição, mas sim de compensação, que governa toda a criação e é imodificável. Conhecida em várias culturas e religiões como "Justiça Celestial", a Lei do Karma determina que tudo o que semeamos em vidas passadas será colhido na existência atual, e o que semeamos agora será colhido na próxima.
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A Estrutura da Justiça Divina
O texto Gnóstico localiza a administração do Karma na Quinta Dimensão da Natureza, na Constelação de Balança. Este é o local do Tribunal da Justiça Divina, liderado pelo Mestre Anubis e os 42 Juízes da Lei.
- A Balança Cósmica: O Karma é simbolizado por uma balança:
- Prato Esquerdo (Karma): Corresponde às más ações (débito).
- Prato Direito (Dharma): Corresponde às boas obras (crédito).
Toda a humanidade é vigiada a cada instante por esta lei, e todo ato (bom ou mau) tem consequências. Nascemos com o nosso próprio destino, que é o resultado de um registo inscrito no "Livro do Karma" no Palácio da Justiça Divina.
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Karma: Lei de Compensação, Não de Vingança
Embora o Karma se manifeste como sofrimento, ele é visto como um remédio aplicado para o nosso próprio bem e crescimento. Quem transgride uma lei, cria dor para si mesmo.
- A Vara da Medida: O Karma é ilustrado por provérbios como "o que semeia raios, colhe tempestades" e "com a vara com que medes serás medido". Se ferimos, seremos feridos; se roubamos, seremos roubados, mas "com vantagem" (isto é, para que a lição seja aprendida).
O Erro da Reclamação
Muitas vezes, a humanidade não entende a causa dos seus sofrimentos e reage de forma errada:
- Protestar e Blasfemar: Em vez de aceitar e refletir, as pessoas protestam contra o destino, justificando-se e lavando as mãos. Protestar apenas torna o Karma mais duro e severo.
- Reclamar o que Não se Deu: Reclamamos fidelidade (tendo sido adúlteros), pedimos amor (tendo sido cruéis), ou exigimos obediência dos filhos (tendo desobedecido aos pais).
- Reclamamos aquilo que não soubemos oferecer ao mundo.
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O Capital Cósmico: A Analogia do Banco
A Justiça Cósmica funciona como uma grande entidade bancária onde cada um tem uma conta:
- Consignar (Fazer Boas Obras): Ações positivas que aumentam o saldo de Dharma (capital cósmico).
- Passar um Cheque (Pagar/Ganhar Karma): O Tribunal Cósmico cobra as faltas.
- Se a pessoa tem Dharma, o débito é compensado e não há sofrimento.
- Se o capital cósmico está esgotado, a pessoa paga com dor.
- Ficar em Negativo: Quando se violam as leis de Deus continuamente, a conta desce para o negativo, e a pessoa começa a "padecer, pagando com dor a dor que provocou."
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Orientando o Navio da Existência
Compreender integralmente a Lei do Karma é indispensável para orientar a vida de forma positiva e edificante.
- O Livre Arbítrio: Deus deu-nos livre-arbítrio para fazer o que quisermos, mas temos a responsabilidade de "render contas de todos os nossos atos diante da justiça divina."
- Inocentes na Prisão: A Lei de Deus a ninguém dá o que não merece. Pessoas que parecem sofrer injustamente nesta vida (como os "inocentes" nas prisões) estão a pagar por delitos gravíssimos cometidos em existências anteriores.
O Caminho do Equilíbrio
Para alcançar a realização e a perfeição — a principal razão pela qual estamos na Terra — e obter felicidade, saúde e êxito:
- Reverência: Incline-se reverentemente perante a Lei, aceitando os acontecimentos.
- Boas Obras: Consigne constantemente, fazendo boas obras aos seus semelhantes para ganhar Dharma e equilibrar a balança interior.
