Iniciado na religião

Iniciado na religião

Iyawó

Hoje vou falar das diversas práticas religiosas que passa um iniciado na religião yorubá, chamado de Iyawó. Na ilé de santo que fui iniciado, compreendi que os rituais têm como objetivo o despoletar e o desligar de hábitos, atitudes erradas por parte do iniciado. Todos os rituais são uma forma de limpar o mau ashé (energia) que retemos durante a nossa vida. Todos os procedimentos vêm de encontro, à primeira consulta feita pelo seu padrinho de ocha (santo), que pergunta a Elleguá quem é o oricha da nossa eleri (cabeça), que rituais devem ser feitos, entre outras questões importantes para a cerimónia.

Depois dessa consulta é explicado os passos que irá ser dado, e o tempo que vamos estar sobre as regras para iniciados na Santeria. Depois disso, é marcado o dia da cerimónia os procedimentos de limpeza (ebos), banhos e sacrifícios. Durante grande parte das cerimónias ritualísticas, estamos em silêncio, simplesmente observando o que é feito. Todos os iniciados falam que esse dia é um novo renascer, do Iyawó e acabamos por absorver o ashé das oferendas e dos sacrifícios feitos para o nosso crescimento.

Posteriormente, recebemos os orichas que foram feitas as oferendas, e são dados os colares (elekes) com as cores de cada santo. É ensinado a forma de saudação, o respeito pelas regras, e os cuidados que deve ter a partir da iniciação. Somos avisados da importância de agora de reconhecer a força e as orientações que os orichas vão fazer na nossa vida.

Durante um ano o iniciado deve andar totalmente de branco, e com a cabeça tapada. Deve seguir todas as indicações dadas pelo seu padrinho e madrinha de ocha. Aos três meses depois da iniciação é feita o ebbó meta, uma cerimónia que se pergunta aos orichas responsáveis pela iniciação do Iyawó, se tudo está bem. Depois o iniciado deve manter a roupa branca até fazer um ano de iniciação, e é entregue o quarto de santo ao iniciado. Neste último procedimento é entregue a responsabilidade de partir de agora de cuidar de todos os orichas da sua cerimónia como também é passado o Ita (livro de cerimónias). Passa nesse momento ao ensinamento de como lançar o dilloggun (búzios), a interpretar os oddus, rituais dos egguns, como o Itutu (cerimónia da partida de um religioso para Ara Onu).

É reconhecido como Olorichas ou pai de santo (palavra reconhecida no Brasil, para um Santeiro), e pode se estiver preparado avançar com a sua evolução. Na Santeria não esperamos sete ou vinte e um anos para ser reconhecido como Olorichas, pois, a meu ver se temos toda a informação durante o primeiro ano, basta agora colocar em prática esses ensinamentos juntamente com o apoio do seu padrinho. Para quem deseje entrar na Santeria, estes são os passos normais de cada casa de santo.

Saudações irmãos

Okanbi

Morada

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