A Santeria é uma religião complexa, com uma teologia, metafísica e tradição ritual elaborada, originária da nação Iorubá na África Ocidental e estabelecida em Cuba através da diáspora da escravatura.
I. Origem, Nome e Sincretismo
II. Teologia e Cosmologia
A Santeria é uma religião monoteísta que adora um Deus supremo, mas comunica-se através de intermediários.
III. Rituais e Práticas Centrais
A Santeria é uma tradição oral, onde o ensino ocorre principalmente através da observação e participação nos rituais (ramas ou ramos familiares).
A. Formas de Comunicação Divina
B. Adoração e Oferendas (Ebbo / Adimú)
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Adoração Comunitária: A principal forma de oração é cantar e dançar, acompanhado pelos tambores Batá (que funcionam como o "telefone" para os Orichás). Os cânticos louvam as virtudes das divindades ou incitam a Sua presença.
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Ebbo (Sacrifício): É a principal forma de pedir a intercessão dos Orichás na solução de problemas. Pode variar de:
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Simples: Velas, flores, frutas, doces.
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Complexo: Sacrifício animal (reservado para iniciações ou problemas graves).
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Propósito do Sacrifício: O conceito é partilhar o Achê do animal com os Orichás. O sangue é reservado, e a carne é ritualmente preparada e consumida pela comunidade para reforçar o Achê coletivo (exceto em casos de limpeza de doença/morte).
C. Iniciação (Fazer Santo)
A iniciação é um processo gradual até se tornar um Olorichá:
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Nível 1 (Elekes): Recebimento dos colares nas cores dos Orichás.
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Nível 2 (Guerreiros): Recebimento dos Orichás guerreiros (Eleguá, Ogun, Ochosi, Osun) ou Olokun.
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Nível 3 (Ocha): A coroação (feitura de santo). Envolve o lavar da cabeça e uma série complicada de cerimónias. É presidida por um Obá ou Oriaté (sumo sacerdote).
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Iyawó (Noviço): É o sacerdote recém-coroado. É apresentado aos tambores Batá ao terceiro dia.
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Disciplina: O Iyawó deve vestir-se de branco durante um ano, cobrir a cabeça, comer no chão, evitar álcool e sair à noite. É tratado como um "bebé" pela comunidade, sendo amado e acarinhado.
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